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Comércio Eletrônico Nordestino: impacto das gigantes asiáticas

O investimento robusto de Shein e Shopee tem potencial de transformar a economia e o setor de logística do Nordeste brasileiro.

Investimentos estratégicos no Nordeste do Brasil por gigantes asiáticas do comércio eletrônico, Shein e Shopee, estão gerando expectativas de uma revolução na indústria de e-commerce e logística da região.

A chinesa Shein, apesar do debate sobre a taxação de compras internacionais, fez uma parceria surpreendente com o governo brasileiro. Planeja abrir 2 mil fábricas, criar 100 mil empregos e investir cerca de R$ 750 milhões. Inusitadamente, a Shein escolheu o Rio Grande do Norte como ponto de partida, especificamente a cidade de Macaíba, em parceria com a Coteminas. Simultaneamente, a singapurense Shopee decidiu expandir seus centros de distribuição para o Nordeste, prometendo entregar encomendas no Ceará em até 24 horas, dependendo da origem.

Pedro Baron, diretor do Melhor Envio, especializado em gestão de fretes, vê tanto desafios quanto oportunidades com a entrada dessas gigantes no Nordeste. Ele acredita que essas mudanças são sinais positivos tanto para varejistas locais quanto para os consumidores.

Ele destaca: “A Shein é conhecida por acompanhar rapidamente as tendências da moda, com lançamentos frequentes e uma ampla variedade de produtos. Isso exige uma logística ágil, que precisará ser ajustada à realidade da região”.

A promessa da Shopee de entregar mercadorias em até 24 horas também é vista com bons olhos, dada a reclamação comum dos consumidores nordestinos sobre a demora na entrega.

A chegada dessas marcas traz um potencial de desenvolvimento da infraestrutura logística regional e estímulo à economia por meio da geração de empregos e parcerias locais. No entanto, essas mudanças requerem esforços para uma logística eficiente e sustentável.

Por outro lado, a decisão do governo Lula de zerar a alíquota de imposto de importação para produtos de até US$ 50 vendidos em sites internacionais, gerou críticas da indústria e varejo nacionais, que veem nessa medida uma ameaça à competitividade.

Impacto das isenções

A estratégia do governo Lula de eliminar a alíquota de imposto de importação para produtos com valor até US$ 50 adquiridos em sites internacionais pode implicar uma potencial perda de arrecadação para o governo federal estimada em cerca de R$ 35 bilhões até 2027. Esse cálculo, realizado em nota técnica da Receita Federal, levou em consideração os anos completos de 2024 a 2027, além do período de julho a dezembro do ano atual.

Essa isenção de impostos está programada para entrar em vigor a partir de 1º de agosto. Durante a elaboração do estudo, contudo, a Receita Federal se baseou em um rascunho da portaria que antecipava a implementação do programa para um mês antes.

A medida, no entanto, desencadeou forte oposição da indústria e do varejo domésticos, que interpretam o imposto zero como uma concorrência desleal do comércio internacional, representando uma ameaça aos postos de trabalho e à lucratividade das empresas nacionais.

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