O Bitcoin (BTC) enfrentou dificuldades em julho, encerrando o mês com uma queda de cerca de 4% após ter tido um crescimento de quase 12% no mês anterior. No entanto, essa baixa não foi refletida nas criptomoedas menores, que apresentaram um desempenho notável. Uma delas registrou uma impressionante alta de quase 90% no mesmo período.
De acordo com dados do Trading View, o Bitcoin fechou julho valendo US$ 29.230, e essa tendência negativa continua no início de agosto, com o BTC sendo negociado em torno de US$ 28.900. A criptomoeda principal cedeu em resposta ao aumento da taxa de juros nos Estados Unidos na semana passada, combinado com a perspectiva de novas elevações para conter a inflação. Diante disso, analistas estão de olho nas divulgações futuras de dados econômicos dos EUA, que influenciarão as próximas decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Thiago Rigo, analista da Titanium Asset, destaca que, apesar da queda, o Bitcoin reagiu de maneira mais moderada ao discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, em comparação com meses anteriores. No entanto, ele ressalta que os investidores precisam acompanhar atentamente as projeções feitas pelos dirigentes da entidade, que já mencionaram a possibilidade de mais aumentos dos juros em setembro. Essas projeções são cruciais para o mercado de criptomoedas, pois novas altas nos juros podem reduzir a liquidez da economia, influenciando o preço dos ativos globais.
Enquanto isso, o Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mundo, seguiu de perto os movimentos do Bitcoin e também recuou cerca de 4% em julho. Por outro lado, a quinta mais valiosa, XRP, disparou mais de 47% após a Ripple, sua emissora, obter uma decisão favorável em uma batalha judicial contra a Securities and Exchange Commission (SEC), a “CVM dos EUA”.