Nesta quinta-feira (3), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que o governo central encontra-se em um “processo de avaliação interna” acerca da viabilidade da exploração de reservas de petróleo na região equatorial do país. Lula também destacou que uma decisão está próxima de ser tomada a respeito desse assunto.
Durante uma entrevista concedida às estações de rádio da Amazônia, Lula discutiu o estudo atualmente conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a respeito da exploração nas áreas costeiras do Amapá. Ele enfatizou que as conclusões do estudo ainda não são finais e que, se pesquisas futuras confirmarem a presença de recursos na região, o governo buscará abordagens responsáveis para a exploração, visando evitar impactos ambientais negativos.
No último dia de março, Jean Paul Prates, o atual presidente da Petrobras, manifestou seu apoio ao projeto da empresa estatal que visa explorar depósitos de petróleo e gás localizados na conhecida margem equatorial do território brasileiro. Essa área engloba as regiões costeiras do Norte e Nordeste do Brasil, estendendo-se do Amapá até o Rio Grande do Norte, cujo nome faz referência à linha do Equador.
Embora seja uma prioridade estratégica para a Petrobras, o plano tem sido objeto de críticas devido aos possíveis riscos ambientais associados à exploração de reservas em águas profundas na bacia do Rio Amazonas. Para que a operação possa prosseguir, é necessário obter a aprovação do Ibama.Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell Brasil, compartilhou sua perspectiva sobre a situação, afirmando que a recusa do Ibama gerou um certo desânimo no setor.
