O mercado demonstra otimismo diante das repercussões da redução das taxas de juros na bolsa de valores e no valor das ações, com destaque para segmentos especialmente sensíveis ao crédito, conforme análise de Heitor De Nicola, um renomado especialista em renda variável e sócio da Acqua Vero.
Na última quarta-feira (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou um corte na taxa básica de juros do país, a Selic, marcando a primeira redução em três anos. A diminuição foi de 0,5 ponto percentual, levando a taxa de 13,75% para 13,25% ao ano.
O economista destaca que essa diminuição das taxas de juros amplia o apelo dos investimentos em ativos de renda variável, produzindo impactos em duas esferas principais: promovendo uma melhoria geral na economia e favorecendo o desempenho das empresas diretamente envolvidas com o crédito. Impacto direto
Segundo De Nicola, setores como varejo e instituições bancárias enfrentaram desafios significativos nos últimos anos em virtude da situação do crédito no país. As empresas varejistas têm lidado com as consequências do fechamento do comércio durante a pandemia, seguido pelo aumento da inflação, que restringe o poder de compra da população. Subsequentemente, ocorreu um aumento nas taxas de juros, encarecendo o crédito.
