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Selic: “vai continuar caindo” afirma Alckimn

Alckmin detalha atuação do governo federal na passagem do ciclone no RS.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Alckmin detalha atuação do governo federal na passagem do ciclone no RS.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A perspectiva de uma trajetória contínua de queda nas taxas de juros assume um papel de destaque em contraste ao recente corte de 0,5 ponto percentual (p.p.) anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta semana, conforme as observações do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Após uma agenda cumprida em Taubaté, no interior do estado de São Paulo, Alckmin expressou sua opinião de que o tripé composto por taxas de juros, impostos e câmbio está trazendo impactos positivos para o país. Ele salientou que um cenário cambial oscilando entre R$ 4,80 e R$ 5 confere competitividade e favorece um aumento nas exportações. Além disso, a reforma tributária atualmente em andamento no Congresso Nacional deverá acarretar em simplificação e redução do ônus tributário brasileiro. Diante disso, a ênfase na continuidade da tendência de redução das taxas de juros assume um papel primordial.

“O panorama dos juros encontra-se em patamares excessivamente elevados, mantendo-se a taxa de 13,25%, o que ainda representa um nível considerável, tendo em vista uma taxa de inflação de 3,1%. Consequentemente, os juros reais superam a marca de 10%. Entretanto, o aspecto crucial é a trajetória descendente. Mais significativo do que o corte de 0,5 p.p. é que vai continuar caindo”, destacou ele neste domingo.

Na quarta-feira , dia 2, o Copom deu início ao processo de flexibilização da taxa Selic, efetuando um corte mais substancial de 0,50 p.p., de 13,75% para 13,25% ao ano. A decisão de realizar o corte foi tomada após uma votação dividida, com cinco votos a favor da diminuição de 0,50 p.p., incluindo o voto do presidente do BC, Roberto Campos Neto, contrapondo-se a quatro votos em prol de um corte de 0,25 p.p..

O ponto primordial enfatizado por Alckmin foi a sinalização unânime em prol da continuação dos cortes na taxa de juros, mantendo-se nesse mesmo patamar. “Caso as previsões do cenário se confirmem, os membros do Comitê estão alinhados em antever reduções de magnitude equivalente nas próximas reuniões, considerando essa abordagem como o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista, fator essencial para o processo de contenção inflacionária”, declarou o Copom em um comunicado emitido após a reunião.