Marina Silva, a titular do Ministério do Meio Ambiente, expressou otimismo em relação ao futuro do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), à medida que o Brasil intensifica seus esforços de preservação ambiental.
Concedendo uma entrevista à EBC, nesta quarta(09), durante a Cúpula da Amazônia realizada em Belém, a ministra ressaltou que o tratado de livre-comércio ainda não foi firmado devido, em parte, à falta de ações efetivas de combate ao desmatamento durante o governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro. De acordo com sua visão, à medida que os resultados da diminuição do desflorestamento se tornarem mais evidentes, o caminho para o acordo se desobstruirá. Marina enfatizou que essa perspectiva é benéfica tanto para o setor agrícola quanto para a indústria e a população em geral.
Embora não tenha sido estabelecida uma meta concreta para eliminar o desmatamento por parte dos países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), a ministra afirmou que o Brasil já está empenhado em atingir o compromisso de erradicar a devastação na Amazônia até 2030.
“Todos os países concordaram que a Amazônia não deve ser levada a um ponto de não retorno”, declarou Marina, fazendo referência à situação em que a transformação do bioma em savana se torna irreversível.
Além disso, a ministra salientou que o governo almeja transformar o Plano Safra em uma “base” para a transição em direção a uma economia com menor emissão de carbono. Conforme suas declarações, a proposta visa conceder benefícios, como redução de taxas de juros, aos produtores que já adotam práticas ambientalmente responsáveis.