Os valores do petróleo alcançaram novos pontos altos na quarta(09), com o Brent registrando seu nível mais elevado desde janeiro. Isso foi impulsionado por uma substancial diminuição nos estoques de combustíveis nos Estados Unidos, bem como pelos cortes na produção tanto na Arábia Saudita quanto na Rússia. Esses fatores têm contribuído para mitigar as inquietações em torno da demanda chinesa, que se mostrou mais fraca recentemente.
O preço do petróleo Brent encerrou o dia com um aumento de 1,38 dólares, equivalente a 1,6%, atingindo o patamar de 87,55 dólares por barril, marcando sua máxima desde 27 de janeiro.
Em relação ao petróleo dos EUA (WTI), este também experimentou um avanço de 1,48 dólares, aproximadamente 1,8%, fechando a 84,40 dólares por barril, o que representa sua cotação mais alta desde novembro de 2022. Há também um destaque para a queda de 2,7 milhões de barris nos estoques de gasolina nos EUA na última semana. Além disso, os estoques de derivados, que englobam diesel e óleo de aquecimento, diminuíram em 1,7 milhão de barris, de acordo com dados governamentais.
Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates em Houston, expressou que “as reduções nos estoques de produtos refinados continuam a influenciar positivamente o mercado do petróleo”. No entanto, os mercados em grande parte ignoraram um aumento de 5,85 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA, que superou as expectativas. Isso ocorreu após uma diminuição recorde na semana anterior.
O impacto negativo das preocupações em torno da demanda foi em parte compensado pela notícia de que as importações de petróleo bruto pela China em julho caíram 18,8% em relação ao mês anterior, atingindo a taxa diária mais baixa desde janeiro. Por outro lado, as medidas de suporte aos preços incluem os planos da principal nação exportadora, a Arábia Saudita. O país pretende estender sua redução voluntária de produção, que atualmente é de 1 milhão de barris por dia, por mais um mês, abrangendo setembro. Alinhada a essa ação, a Rússia também comunicou sua intenção de reduzir as exportações de petróleo em 300.000 barris por dia em setembro.