Os brasileiros efetuaram transações no montante de R$ 1,7 trilhão no primeiro semestre do ano através de cartões de pagamento, evidenciando um crescimento de 8% comparado aos seis primeiros meses do ano anterior.
A Abecs, a entidade que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, apresentou o relatório nesta quinta-feira (10), abrangendo as aquisições realizadas por meio de cartões de crédito, débito e pré-pagos.
Devido à desaceleração nos setores comercial e de serviços, a previsão de crescimento nas compras com cartões para o ano corrente foi revisada pela entidade, agora estimada entre 9% e 11%. Tal previsão está abaixo do aumento projetado anteriormente, situado entre 14% e 18%, anunciado em fevereiro. Caso as projeções da Abecs se concretizem, entre R$ 3,61 trilhões e R$ 3,67 trilhões serão transacionados por cartões em 2023.
O relatório do primeiro semestre revela um incremento de 10,1%, atingindo R$ 1,1 trilhão, nas transações efetuadas com cartões de crédito. Por outro lado, as compras com cartões de débito sofreram uma redução de 3,3%, totalizando R$ 471,8 bilhões nos seis meses. Houve também um volume de R$ 141,9 bilhões em compras com cartões pré-pagos, representando um crescimento de 42,7%.
Conforme a Abecs, os pagamentos por aproximação apresentaram um crescimento notável, registrando um aumento de 76,1% e movimentando R$ 414,8 bilhões entre janeiro e junho. Em junho, as compras por aproximação representaram 48,4% do total de pagamentos com cartões realizados presencialmente. Há dois anos, essa parcela era apenas de 13%, evidenciando a rápida adoção dessa tecnologia.
Quando somados todos os tipos de cartões, a média de transações com cartões atingiu 113 milhões por dia. No total, foram realizadas 19,8 bilhões de transações durante o primeiro semestre, refletindo um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi impulsionado pelos cartões de débito, que experimentaram um aumento de 4,5% em quantidade, apesar da queda no valor transacionado, e pelos cartões pré-pago, com um aumento de 48%.