A reunião entre o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e representantes dos servidores públicos federais, para abordar a Campanha Salarial de 2024, concluiu sem consenso. O encontro teve lugar durante a tarde desta quinta-feira (10), na sede do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília.
Essa foi a terceira reunião do ano com a Mesa Nacional de Negociação Permanente, reinstaurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro. As duas primeiras reuniões sobre o tema ocorreram nos dias 11 e 25 de julho, também em Brasília.
Os representantes sindicais acusam o governo federal de condicionar o aumento salarial à aprovação do arcabouço fiscal, o que tem impactado as negociações. O projeto encontra-se na Câmara dos Deputados, após passar pelo Senado e ser modificado. Os deputados têm até 31 de agosto – prazo final para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – para apreciar o texto.
A Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) acredita que, devido às restrições impostas pelo arcabouço fiscal, o desfecho das negociações permanece indefinido.
Após o encontro, a Fenasps emitiu um comunicado à imprensa em relação à posição do governo. “Essa decisão do governo é uma decepção para todos os servidores federais que aguardam há muito tempo por aumentos salariais e revisões em benefícios sociais, como Saúde e auxílio-alimentação”.
Na reunião desta quinta-feira, o governo federal foi representado pelas Secretarias de Gestão de Pessoas (SGP) e de Relações de Trabalho (SRT), ambas pertencentes ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Procurado, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos não prestou declarações sobre as negociações com os servidores até o momento de finalização desta matéria.