A Copel anunciou sexta-feira (11), a conclusão bem-sucedida do seu processo de transição para uma corporação descentralizada, sem acionista majoritário. Essa mudança significativa, que já havia sido previamente reportada pelo Estadão/Broadcast, envolveu a reformulação do estatuto social da empresa.
Segundo informações da empresa, esse marco foi atingido através da conclusão bem-sucedida da oferta secundária de ações de propriedade do Estado do Paraná, bem como da oferta primária de novas ações da Copel. Consequentemente, a participação do Estado do Paraná nas ações com direito a voto foi significativamente reduzida, passando de 69,66% para aproximadamente 32,32%. Com essa reconfiguração, a Copel deixa de ser classificada como uma sociedade de economia mista vinculada à administração pública indireta do Paraná e também não mais está sujeita às regulamentações estabelecidas pela Lei das Estatais.
A empresa também observa que, no caso de ser exercida a opção de oferta suplementar correspondente a até 15% da oferta original, a participação do Estado do Paraná nas ações com direito a voto pode ser reduzida ainda mais, para um limite máximo de 26,96%.
De acordo com um comunicado oficial da Copel, as resoluções adotadas durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada em 10 de julho têm um “impacto imediato”. A companhia reforça a introdução de Golden Shares (ações preferenciais de classe especial) sob propriedade do Estado do Paraná, bem como a implementação de um teto que restringe qualquer acionista ou grupo de deter mais de 10% do total de ações com direito a voto em cada deliberação.