Nas voltas que a vida dá, o envelhecimento traz uma inversão de papéis: pais idosos agora necessitam de um cuidado maior de seus filhos, onde o planejamento financeiro é um elemento crucial. Essa preocupação, impulsionada pelo aumento da expectativa de vida no Brasil, que alcançou a marca dos 77 anos, ganha destaque. Esse tema se torna ainda mais relevante hoje, Dia dos Pais.
O envelhecimento da população intensifica a pressão sobre a seguridade social, ressaltando a relevância dos recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como fonte de renda para muitos aposentados brasileiros. Com a maioria dependente do INSS, apenas uma minoria recorre a opções como previdência complementar, renda própria ou apoio financeiro de familiares.
A média de aposentadoria no Brasil é de 55 anos, de acordo com o INSS. Considerando a atual expectativa de vida, as pessoas precisarão garantir renda por pelo menos 20 anos após pararem de trabalhar. No entanto, por que a autossuficiência financeira na velhice muitas vezes não é planejada durante os primeiros passos da carreira?
Bruna Allemann, educadora financeira da Acordo Certo, uma empresa especializada em renegociação de dívidas do Grupo Boa Vista, sugere uma razão: a questão geracional. Ela destaca que nossos avós, em sua maioria, não tiveram a oportunidade de planejar uma aposentadoria, confiando que seus filhos estariam lá para auxiliá-los quando necessário.
“Para aqueles que terão seus pais como dependentes, começar a poupar o quanto antes é fundamental”, aconselha Sigrid Guimarães, planejadora financeira e sócia-fundadora da Alocc Gestão Patrimonial. Guimarães enfatiza que o tempo é um aliado poderoso para os investidores, com os juros compostos desempenhando um papel essencial em aliviar o fardo da poupança.