O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou uma mensagem neste domingo (13) através de uma plataforma de mídia social, abordando o desafio complexo de preservar a floresta amazônica. Lula discutiu a importância da proteção da floresta, enfatizando que a Cúpula da Amazônia, uma reunião sem precedentes de nações da região, representou um avanço significativo rumo a um modelo que harmoniza desenvolvimento sustentável e conservação ambiental. O ex-presidente referiu-se ao recente encontro em Belém, denominado Cúpula da Amazônia, que contou com a participação de líderes dos países amazônicos.
Essa postagem ocorreu em resposta a uma mensagem do ator, cineasta e ativista ambiental norte-americano, Mark Ruffalo, também na mesma plataforma. Ruffalo questionou a ausência de metas concretas para a proteção da região após o término do encontro entre os líderes dos oito países amazônicos. Entidades voltadas para a preservação ambiental já haviam criticado a falta de objetivos claros relacionados ao desmatamento na Declaração de Belém, o documento final da cúpula. Além disso, essas entidades levantaram preocupações sobre a ausência de soluções práticas para combater as mudanças climáticas.
A resposta de Lula abordou tanto a mensagem do ator quanto as críticas das entidades ambientais. O ex-presidente defendeu a eficácia da Declaração de Belém e ressaltou que o documento serve como um “ponto de partida” para as discussões relacionadas à proteção da floresta.
“Por meio da Declaração de Belém, estabelecemos uma série de compromissos, incluindo um plano de segurança que prevê a implementação de bases fluviais e terrestres para garantir a proteção do nosso ecossistema. Esse é o marco inicial para a construção de um consenso em torno da preservação da Amazônia, e os países sul-americanos reconhecem a importância desse empreendimento.”
A Cúpula da Amazônia ocorreu nos dias 8 e 9 de agosto, reunindo chefes de Estado e representantes dos países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). A OTCA, criada em 1978 e que não realizava uma reunião há 14 anos, é composta por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, sendo o único bloco regional focado em questões socioambientais na América Latina.