Em tempos de incertezas financeiras, parcelar dívidas pode ser uma luz no fim do túnel para muitos brasileiros. Com a crescente utilização do crédito, surge a pergunta: como manter-se adimplente, principalmente durante períodos desafiadores, como na pandemia?
Muitas famílias hoje escolhem o cartão de crédito para suas compras diárias, especialmente em épocas de baixa renda. A questão é: como equilibrar as contas e evitar que o nome fique “sujo” com os credores?
O parcelamento de dívidas, se feito com estratégia, pode ser um respiro. No entanto, há riscos. Um parcelamento descuidado pode complicar ainda mais a situação do endividado, levando-o de volta ao início ou a um cenário pior.
“O parcelamento é uma maneira de liquidar a dívida em prazos mais estendidos, protegendo-se de ações de órgãos de proteção de crédito ou até da Receita Federal”, esclarece Marcela Gaiato Martins, Diretora da Recovery, do Grupo Itaú.
Dívidas de cartão, empréstimos, financiamentos, impostos como IPTU, IPVA e até débitos com a Receita Federal podem ser parcelados. Para solicitar, basta contatar a instituição credora. No caso dos bancos, muitos já oferecem opções de parcelamento diretamente em seus apps, simplificando o processo. Para dívidas governamentais, é preciso seguir as diretrizes do respectivo órgão. O Desenrola Brasil, um programa federal de renegociação de dívidas, também introduziu o parcelamento para certas faixas, com condições específicas de pagamento e juros.
Os cuidados que deve ter ao parcelar dívidas:
- Conheça todas as dívidas e defina um valor mensal para pagamentos;
- Simule parcelamentos para avaliar o impacto no orçamento;
- Fuja de juros abusivos;
- Determine um prazo que não afete sua estabilidade financeira futura;
- Investigue descontos por antecipação ou pagamento à vista;
- Tenha uma reserva financeira para imprevistos e evite assumir novos compromissos.
Atrasos no pagamento de parcelas podem acarretar multas e juros. “Com o nome negativado por empresas privadas, obter crédito se torna um desafio”, finaliza Marcela, da Recovery.
Lembre-se sempre: o parcelamento é uma ferramenta. Use-a com sabedoria.