O universo da educação médica no Brasil se prepara para grandes mudanças. Grandes hospitais particulares, incluindo o Sírio-Libanês em São Paulo e a Rede D’Or São Luiz no Rio de Janeiro, estão de olho em um mercado que registrou movimentação de R$ 21 bilhões no último ano. Seus planos? Lançar suas próprias graduações em medicina entre os anos de 2024 e 2027.
Este avanço acontece após cinco anos de estagnação. Desde 2017, o país havia colocado um “congelamento” nas novas faculdades de medicina, numa tentativa de preservar e controlar a qualidade da formação dos profissionais de saúde. Em abril de 2023, contudo, essa restrição foi levantada, mas com ressalvas: o Ministério da Educação (MEC) decidiu que apenas cidades com falta de médicos teriam permissão para instalar novos cursos.
Os grupos hospitalares aguardam, com expectativa, as diretrizes do MEC para avançar com os processos burocráticos. Estas regras, ansiosamente esperadas por instituições como o BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo), deverão ser divulgadas em um edital até o dia 6 de setembro, marcando um novo capítulo na história da formação médica do país após o fim do veto em 2018.