O agronegócio brasileiro olha para um futuro mais produtivo graças às parcerias que buscam ampliar o uso de crédito e a aplicação de tecnologias inovadoras no campo. Em São Paulo, os agentes de desenvolvimento reuniram para debater essa conjunção de esforços na sexta edição do seminário Agronegócio Sustentável, promovido pelo grupo Folha.
Na mesa “A produtividade no Nordeste”, participaram nomes de destaque como o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, a presidenta da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda Oliveira.
Paulo Câmara destacou a relevância do BNB na promoção da atividade rural. “Nossa atuação é robusta e em crescimento, influenciando diretamente na geração de emprego e renda, assim como no bem-estar das famílias rurais. Aproximadamente 50% do crédito rural e agroindustrial de longo prazo da região é proveniente do BNB, com especial enfoque no Plano safra 2023-2024″, pontuou.
A meta ambiciosa do Banco do Nordeste envolve a contratação de R$ 20 bilhões até junho do próximo ano, dividos entre agricultura familiar e empresarial. Esta iniciativa simboliza um aumento de 33% em relação ao Plano Safra anterior.
O Plano Safra 2023/2024, além de focar no aumento do crédito, promove práticas sustentáveis. Uma de suas inovações é a possibilidade de redução nas taxas de juros para produtores que se alinham a práticas ambientalmente conscientes.
Silvia Massruhá, da Embrapa, ressaltou a importância de democratizar o acesso à tecnologia. “88% dos produtores rurais no Nordeste são de pequeno porte. A região tem mostrado avanços significativos, com exemplos positivos em áreas como Matopiba, Sealba e Vale do São Francisco, fortalecendo o agronegócio nacional”, finalizou.