No último mês de julho, o déficit orçamentário do Reino Unido registrou um total de 4,3 bilhões de libras, marcando um aumento de 3,4 bilhões de libras em relação ao mesmo período no ano anterior, conforme dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). Esta cifra representa o quinto maior valor para o mês desde 1993, quando os registros mensais tiveram início. No entanto, os números obtidos junto ao órgão de supervisão orçamentária também indicam que esse resultado ficou 1,7 bilhão de libras abaixo das projeções oficiais.
Nos quatro primeiros meses do ano fiscal de 2023-24, o governo viu-se obrigado a tomar emprestados 56,6 bilhões de libras a fim de equilibrar a diferença entre suas receitas e despesas. Esse montante ultrapassa em 13,7 bilhões de libras o total registrado no mesmo período correspondente de 2022-23. No entanto, ele também representa um déficit de 11,3 bilhões de libras em relação à estimativa inicial de 68 bilhões de libras.
De acordo com informações veiculadas pelo periódico The Guardian, o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, adotou uma postura cautelosa em relação à possibilidade de redução de impostos, apesar dos dados evidenciarem uma situação financeira pública menos delicada do que o prognóstico inicial apresentado no “orçamento da primavera”.
“Há uma necessidade imperativa de que mantenhamos a estabilidade à medida que a inflação retrocede. Devemos perseverar com responsabilidade nas questões fiscais”, afirmou Hunt. “É através dessa trajetória que conseguiremos reduzir pela metade a inflação, impulsionar o crescimento econômico e, simultaneamente, aliviar nosso endividamento.”
