O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou hoje (23) a liberação de uma quantia de US$ 7,5 bilhões para a Argentina, referente à quinta e sexta avaliações do programa de assistência financeira. Fontes do governo em Washington revelaram a aprovação. Os fundos estão programados para chegar ainda nesta data ao país e serão direcionados para reforçar as reservas do Banco Central, que estão em um nível preocupante.
Sergio Massa, atual Ministro da Economia e candidato à presidência, compartilhou com o portal Infobae sua perspectiva sobre a conquista: “Este passo representa um marco significativo na gestão da herança deixada por Macri, o ex-presidente, para a Argentina.”
Nesta manhã, o conselho de administração do FMI se reuniu para aprovar a quinta e sexta revisões do programa de assistência, divulgando ao mesmo tempo o montante aprovado. O Ministério da Economia descreveu essa concessão como a segunda maior da história do FMI. A tarde reserva uma reunião entre Sergio Massa e a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.
Uma das condições impostas pelo FMI para a continuidade do acordo envolveu uma desvalorização do peso argentino. Essa medida foi cumprida pelo governo logo após a realização das prévias eleitorais (PASO), na semana passada. Javier Milei, um candidato opositor de orientação libertária, emergiu como vitorioso nessas prévias. Conforme informações de Massa, o Fundo Monetário Internacional inicialmente demandou uma desvalorização de 60%, mas após negociações, aceitou os 22% propostos pelo governo.
A próxima avaliação (a sétima do acordo) está programada para novembro, com um desembolso adicional de US$ 2,5 bilhões. Contudo, a liberação desses fundos dependerá do cumprimento das metas acordadas pela Argentina. Esse período também coincide com o primeiro turno das eleições presidenciais, agendado para 2 de outubro. Caso nenhum dos candidatos alcance o limiar de 45% de votos válidos, um segundo turno ocorrerá em 19 de novembro.