As vendas no comércio eletrônico brasileiro durante o primeiro semestre de 2023 registraram uma queda de 7,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O montante total atingiu R$ 119 bilhões em transações nesse segmento. Essa informação é destaque na 48ª edição do Webshoppers, um relatório desenvolvido pela consultoria NIQEbit.
A performance do semestre é atribuída a um começo de ano mais fraco, no qual os consumidores adotaram maior cautela em relação aos gastos, considerando o panorama econômico mais complexo. No entanto, a partir do segundo trimestre, a diminuição no ritmo das vendas apresentou desaceleração, de acordo com as constatações do relatório.
De acordo com a pesquisa, 53 milhões de consumidores brasileiros efetuaram compras online nos primeiros seis meses do ano, indicando um aumento de 6% em relação ao primeiro semestre de 2022, quando o número alcançava 49,8 milhões.
As categorias de Produtos de Giro Rápido de Gôndolas (FMCG) permanecem exibindo um desempenho superior ao restante do e-commerce. As cestas de Higiene e Beleza, com incremento de 6,4%, e Limpeza, 11%, destacaram-se consideravelmente em comparação às demais, contribuindo positivamente para o faturamento bruto ao longo do semestre. Os alimentos mantiveram-se praticamente estáveis, com uma variação negativa de 0,6%, seguidos pelas Bebidas, que sofreram queda de 2,5%. Entretanto, a venda de produtos da cesta de bazar enfrentou um recuo mais significativo, de 21,1%.
A pesquisa também apontou que as lojas que operam exclusivamente online, sem presença física, têm adquirido relevância no faturamento. Essas lojas representaram 62,2% das vendas totais do e-commerce brasileiro, ultrapassando em mais de 5 pontos percentuais o desempenho do primeiro semestre de 2022 e superando significativamente os 35,1% das redes que também possuem operações físicas.
O Webshoppers 48 também abordou o panorama do e-commerce internacional. Baseando-se em uma pesquisa conduzida em junho com 1.992 participantes, foi possível traçar o perfil do consumidor brasileiro ao acessar plataformas estrangeiras para compras. No primeiro semestre de 2023, 68% afirmaram ter realizado transações em sites estrangeiros, apresentando um aumento em relação aos 54% observados no mesmo período do ano anterior. Além disso, a frequência de compras está em ascensão, com 40% relatando ter usado esses sites de duas a três vezes durante o período, ligeiramente acima dos 39% registrados no primeiro semestre de 2022.
