Desde 2018, o mercado brasileiro não presenciava um volume de lançamentos de Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) tão reduzido. De acordo com dados recentes da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o ano em curso registrou até o final de agosto apenas 19 ofertas públicas iniciais (IPOs), apontando para uma tendência de retração no setor. Mas, o que está por trás dessa queda e como isso pode influenciar os investidores?
A atual desaceleração é atribuída a uma série de fatores adversos, principalmente as incertezas que rondam a atividade econômica e as taxas de juros ainda elevadas que estão dificultando a introdução de novos FIIs no mercado brasileiro. No entanto, especialistas mantêm uma visão otimista, antecipando que uma potencial queda nas taxas de juros pode vir a favorecer uma retomada vigorosa nessa área. Isso se deve à correlação histórica entre a valorização dos FIIs e os ciclos de queda de juros.
Para quem não está familiarizado, os Fundos Imobiliários são uma modalidade de investimento que canaliza recursos para empreendimentos imobiliários, como shoppings, hospitais e prédios comerciais, ou em ativos relacionados, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Investir em FIIs é equivalente a tornar-se um dos “donos” desses imóveis, o que possibilita receber rendimentos provenientes dos aluguéis gerados por esses empreendimentos.
Apesar da desaceleração atual, os FIIs permanecem como uma opção atraente para os investidores que buscam diversificar seus portfólios. A perspectiva de uma retomada, impulsionada por uma possível redução nas taxas de juros, pode apresentar oportunidades valiosas para aqueles que estão considerando entrar nesse mercado.
Portanto, os olhos dos investidores e especialistas estão voltados para as próximas movimentações do mercado. O momento pede cautela, mas também abre espaço para a análise criteriosa e estratégica das oportunidades que podem surgir em meio às flutuações do mercado.