A Mastercard e a ClearSale, especialista em soluções antifraude, unem forças para aprimorar o processo de contestação de compras, conhecido como “chargeback”. A parceria visa fornecer mais informações aos elos da cadeia, reduzindo os custos relacionados a estornos.
Em muitos casos, as contestações de compras não estão ligadas a fraudes reais. Com o acesso a mais informações sobre as transações, a expectativa é reduzir os estornos em até 50%. Atualmente, quando um cliente questiona uma compra junto ao banco, o comerciante acaba sendo prejudicado em cerca de 80% das situações. A solução proposta não só beneficia os estabelecimentos comerciais, mas também os usuários e os bancos emissores.
Quando um cliente entra em contato com o banco para contestar uma transação, o banco possui diversos dados, mas muitas vezes não tem detalhes específicos sobre aquela transação, que estão com o varejista. A ideia é que a Mastercard e a ClearSale atuem como intermediárias, mantendo a proteção de dados pessoais, para esclarecer dúvidas do consumidor antes que ele inicie formalmente o processo de “chargeback”.
Ambas as empresas já têm presença na área, mas essa parceria amplia sua escala. A ClearSale conta com aproximadamente 100 mil clientes, principalmente varejistas de comércio eletrônico, mas também inclui instituições financeiras e outras empresas. A Mastercard traz sua expertise principalmente do setor financeiro, mas também agrega varejistas à base.
A contestação de compras é uma das principais complexidades operacionais enfrentadas pelos bancos nas operações com cartão, e a visibilidade aprimorada nas transações simplificará os processos, permitindo que os emissores ajudem a reduzir os estornos indevidos.
O produto já conta com a participação de três dos cinco maiores bancos do país. A expectativa é que a solução esteja plenamente disponível antes da Black Friday e será aplicável a transações envolvendo diversas bandeiras.
Essa parceria está alinhada com a estratégia da Mastercard de fortalecer sua atuação no campo de soluções antifraude e dados. Somente nos últimos seis anos, a empresa investiu mais de US$ 5 bilhões globalmente em empresas de cibersegurança.