O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) anunciou que está entrando em uma segunda fase de sua operação-padrão que já dura dois meses. A mobilização da categoria ameaça recursos essenciais, como o Pix parcelado e o desenvolvimento do real digital, devido ao impasse nas negociações com o governo.
O presidente da entidade, Fabio Faiad, afirmou que a falta de compromisso do governo em negociar com o sindicato motivou essa decisão. Sendo assim, o sindicato intensificou a mobilização após reunião com José Lopez Feijóo, secretário do Ministério de Gestão e Inovação, que não trouxe contrapropostas. Principais demandas incluem mudanças na carreira, ensino superior para técnicos do BC e alteração de nomenclatura para analistas. Entretanto, o Ministério alega que está comprometido com diálogo, resultando no primeiro acordo entre servidores e governo desde 2016.
A operação-padrão do BC já causou atrasos na divulgação de índices importantes, como o IBC-BR, e agora deve se intensificar, afetando mais de 3 mil funcionários em todo o Brasil. Os atrasos podem impactar a implementação do Pix parcelado e de outras modalidades do sistema instantâneo, afetando tanto os serviços bancários quanto o público em geral.
Além disso, o projeto Drex, a moeda digital brasileira, também está em risco de retrocesso, o que prejudicaria a modernização dos serviços financeiros. O sindicato está elaborando listas de servidores em cargos de liderança, preparando-se para uma possível entrega coletiva dos cargos se a situação se agravar, o que poderia causar desafios de gestão no banco.