O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, esclareceu nesta quarta-feira, 27 de setembro, que as preocupações da instituição em relação ao aumento do crédito direcionado e seus impactos na eficácia da política monetária não se relacionam ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Campos Neto enfatizou durante sua participação em uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados que “quando mencionamos crédito direcionado, não estamos nos referindo ao BNDES, que não possui tanta relevância nesse contexto”.
Na ata mais recente da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira, o Banco Central reiterou que a diminuição do ímpeto das reformas estruturais, o aumento do crédito direcionado e a incerteza em torno da estabilidade da dívida pública podem influenciar no aumento da taxa de juros neutra. No mês de junho, o BC comunicou que a estimativa dessa taxa havia sido revisada de 4,0% para 4,5%.