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Bill Ford alerta sobre os impactos da greve e busca um acordo

O CEO da Ford, Jim Farley, acusou o sindicato United Auto Workers (UAW) de atrasar o acordo trabalhista nos EUA. Farley afirma que o UAW busca igualdade salarial entre fábricas.
Foto: Divulgação

O presidente executivo da Ford, Bill Ford, propôs que o sindicato United Auto Workers (UAW) encerre a greve de 32 dias. Nesse sentido, indicou o desejo de chegar a um novo acordo de trabalho, alertando para os crescentes impactos na montadora e na economia dos Estados Unidos.

“Podemos parar isso agora”, disse Ford, referindo-se à greve que, na semana passada, se estendeu ao ponto de paralisar a fábrica do Kentucky. “Faço um apelo aos colegas da UAW… Precisamos nos unir para encerrar esta rodada de negociações.”

Ford fez seu apelo em uma coletiva de imprensa na histórica fábrica Rouge da montadora, perto da sede da empresa em Dearborn, Michigan. O presidente da UAW, Shawn Fain, respondeu com uma declaração, advertindo que o sindicato poderia “fechar a Rouge” com uma greve. “Se a Ford quer ser a montadora totalmente americana, eles podem pagar salários e benefícios totalmente americanos”, afirmou Fain.

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Atualmente, cerca de 34.000 membros do sindicato estão em greve. Os trabalhadores atuam na Ford, General Motors e na Stellantis. A Ford já deu licença a outros 2.480 trabalhadores.

Segundo estimativas do Anderson Economic Group de East Lansing, a greve já custou bilhões para as montadoras. Além disso, o impacto chegou a fornecedores, concessionárias e trabalhadores, custando um total de US$ 7,7 bilhões até 12 de outubro. “Entramos na zona de perigo para muitos fornecedores”, disse a AEG em comunicado.

Disputa acirrada

Bill Ford, bisneto do fundador da empresa, alegou que Toyota, Honda, Tesla e outras montadoras “estão adorando essa greve porque sabem que quanto mais ela durar, melhor será para eles.” Contudo, Fain rebateu dizendo que os trabalhadores da Tesla e de outras montadoras de automóveis dos EUA não sindicalizados “não são inimigos – são os futuros membros da UAW.”

A paralisação do UAW na Kentucky Truck, a maior e mais lucrativa operação de montagem da Ford em todo o mundo, “prejudica dezenas de milhares de trabalhadores americanos”, disse Ford. “Se continuar, terá um grande impacto na economia americana.”

Na sexta-feira(13/10), Fain acusou a Ford de tentar manipular as negociações com ofertas inadequadas e insistiu que a Ford aumentasse substancialmente a compensação. O CEO da Ford, Jim Farley, deveria “pegar o grande talão de cheques – o que a Ford usa quando quer gastar milhões com executivos da empresa ou benefícios para Wall Street”, disse Fain.

Na quinta-feira(12/10), um alto executivo da Ford afirmou que a montadora estava “no limite” do que poderia gastar em salários mais altos e benefícios para o UAW. Sua última oferta inclui um aumento de salário de 23% até o início de 2028, um valor superior ao oferecido pela GM ou Stellantis. A Ford alegou que as propostas do UAW teriam levado à falência se tivessem sido implementadas em 2019.

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