O processo de privatização da Sabesp em São Paulo seguirá o caminho do follow-on (emissão de ações). Atualmente, o governo está planejando reduzir sua participação na empresa para um intervalo entre 15% e 30%. Entretanto, a administração manterá o direito de veto em decisões estratégicas por meio da golden share. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) enviou com urgência um Projeto de Lei à Assembleia Legislativa do Estado (Alesp).
Deputados estaduais da base aliada apresentaram o Projeto de Lei à imprensa mais tarde. O governo espera que a Assembleia Legislativa aprove o texto até o final de novembro ou início de dezembro. Logo, permitindo que a oferta pública de ações da empresa ocorra a partir de fevereiro.
O governador Tarcísio destacou que a privatização permitirá que a Sabesp invista “R$ 10 bilhões a mais em quatro anos a menos”, ampliando seu atendimento em 1 milhão de pessoas além do previsto. A empresa planeja investir R$ 66 bilhões até 2029, em comparação com os R$ 56 bilhões previstos até 2033 no plano atual, expandindo o serviço para 10 milhões de pessoas.
Além disso, o governo afirma que a tarifa de água e esgoto será reduzida com a privatização, usando recursos captados no follow-on e dividendos futuros. A golden share garantirá ao governo a capacidade de veto em decisões estratégicas, embora permita a um acionista privado deter mais de 50% da empresa. O governo enfatiza a universalização dos serviços de saneamento, a inclusão de áreas rurais e a redução das tarifas como premissas para a privatização.
