A menos de dois meses para o término de 2023, a Gol Linhas Aéreas (GOLL4) enfrenta atrasos na entrega das 15 aeronaves previstas para o ano. A companhia recebeu apenas uma unidade do modelo 737 Max-8, o que a obrigou a revisar suas projeções de frota. Atualmente, a Gol opera com 108 aviões em comparação com os 115 que possuía antes da pandemia de Covid-19.
Negociação com a Boeing
“Estamos correndo para conseguir alternativas em relação aos atrasos que estamos enfrentando”, afirmou Celso Ferrer, CEO da Gol. A empresa está em negociações com a Boeing para receber mais quatro unidades até o final do ano. As restantes 10 unidades deverão ser entregues na primeira metade de 2024.
Os atrasos impactaram não apenas o aumento da capacidade da Gol, mas também resultaram na devolução de algumas aeronaves aos “lessores”. Até o final do quarto trimestre, a empresa planeja devolver mais três unidades. A permanência de aviões inoperantes na frota e as devoluções elevam os custos da companhia.
Alternativas
Para lidar com essa situação, a Gol está explorando alternativas como aumentar as horas de voo por avião. Isso permitirá disponibilizar mais assentos. A empresa também está expandindo as linhas de manutenção para retornar as aeronaves à operação mais rapidamente.
Prejuízo da Gol
Apesar dos desafios, a Gol apresentou seus resultados do terceiro trimestre de 2023, relatando um prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão, 16% menor do que o mesmo período do ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 79,8%, totalizando R$ 1,250 bilhão. A receita líquida também registrou aumento, alcançando R$ 4,665 bilhões, um crescimento de 16,4% em relação ao mesmo período de 2022.
Apesar dos desafios, a Gol enfrenta os atrasos e segue buscando soluções para superar os obstáculos causados pelos atrasos na entrega das aeronaves e continuar operando de maneira eficiente em 2023.