No terceiro trimestre de 2023, o Banco do Brasil (BBAS3) anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 8,78 bilhões, marcando um aumento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o resultado ficou aquém das expectativas do mercado, que esperava um lucro de R$ 9,06 bilhões.
Nos primeiros nove meses de 2023, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 26,1 bilhões. Dessa forma, alcançou um crescimento de 14% em base anual, refletindo um ROE de 21,3%. Esse desempenho se deve ao crescimento da margem financeira bruta, impulsionada pela expansão da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários em tesouraria.
A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias, alcançou R$ 1,06 trilhão ao final de setembro de 2023. Ou seja, um aumento anual de 10% e um avanço de 2% em relação ao saldo de junho deste ano. As carteiras de pessoa física e pessoa jurídica também registraram crescimento, impulsionadas pelo desempenho positivo do crédito consignado e das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs).
Além disso, o Banco do Brasil viu um leve aumento nas receitas de prestação de serviços no terceiro trimestre, atingindo R$ 8,67 bilhões. No entanto, as despesas administrativas cresceram 9,2% anualmente, em parte devido ao aumento nas outras despesas administrativas. O banco também destacou um aumento na inadimplência, que foi influenciada por uma empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial no início do ano. A provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) ampliada subiu 66,4% em 12 meses, chegando a R$ 7,51 bilhões.