Com um mundo focado na transição energética, a América Latina se destaca. Segundo a IEA, a região possui vastos recursos e economia diversificada, posicionando-se para liderar a mudança global. Com 60% da eletricidade vinda de fontes limpas, sendo 45% provenientes da hidroeletricidade, a América Latina já é protagonista nas energias renováveis.
O Relatório de Perspectivas Energéticas da América Latina de 2023 aponta para um potencial significativo de expansão em bioenergia, energia solar e eólica. Além disso, destaca a importância dos minerais críticos, como lítio e cobre, essenciais para tecnologias de energia limpa. A projeção da IEA aponta que a região pode atingir 80% de geração de eletricidade proveniente de fontes renováveis até 2050.
Oportunidades para o crescimento econômico são evidentes. Após uma década de crescimento lento, políticas energéticas sólidas podem impulsionar a região para um superávit robusto. A IEA prevê um crescimento econômico mais que dobrado nos próximos dez anos, impulsionado pelos setores industriais e de serviços, aproveitando os recursos energéticos e minerais disponíveis.
Para alcançar esse potencial, a IEA destaca a necessidade de atrair investimento estrangeiro, implementar regulamentações claras e desburocratizar os processos. A instituição enfatiza que medidas eficazes são cruciais para garantir o sucesso da transição energética na região.
A América Latina, com vastas reservas de minerais, surge como peça-chave na transição global para energia limpa. O relatório ressalta que as exportações de cobre e lítio, fundamentais para fortalecer redes elétricas e impulsionar veículos elétricos, podem gerar receitas significativas, chegando a US$ 100 bilhões em 2022.
O Brasil é destacado como protagonista nesse cenário, liderando em biocombustíveis, energia hidrelétrica, solar e eólica. A diversificação da matriz energética e a expertise brasileira contribuem para consolidar a região como líder na transição para uma energia mais sustentável.