Roberto Campos Neto, do Banco Central, aborda a necessidade de entender e integrar criptomoedas no sistema financeiro, contrastando com a visão de Jamie Dimon, CEO do JPMorgan
Em recente evento em Brasília, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a importância de não excluir as criptomoedas do sistema financeiro. Ele sugeriu que os reguladores e governos devem buscar compreender e aproximar esses ativos digitais do mundo financeiro, ao invés de tentar proibi-los.
Em um contexto onde o mercado cripto está em constante evolução, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, apresentou uma perspectiva progressista sobre a inserção das criptomoedas no sistema financeiro. Durante o evento “Digitalização da Economia: Agenda de Inovação do Banco Central do Brasil”, realizado pela Casa Jota, ele enfatizou a importância de entender e integrar esses ativos digitais ao invés de rejeitá-los.
Campos Neto argumentou que a proximidade dos ativos digitais com o governo facilitaria sua regulação e compreensão. Ele alertou sobre os riscos de excluir um setor relevante da economia que não está regulamentado, destacando que problemas em áreas não regulamentadas podem afetar o sistema financeiro regulamentado.
Além disso, Campos Neto comentou sobre os desafios enfrentados pelo mercado cripto, incluindo conflitos de interesse e concentração de custódia, mas observou que o setor está em um momento de aprendizado e adaptação.
Contrastando essa visão, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, expressou uma opinião oposta em uma audiência no Senado dos EUA, onde afirmou que, se pudesse, acabaria com a indústria de criptomoedas.
O presidente do BC também discutiu o papel das stablecoins, apontando sua utilidade em países emergentes como alternativa de reserva de valor e acesso à moeda estrangeira, especialmente em nações com moedas menos confiáveis, como a Argentina.