O Brasil enfrenta desafios econômicos significativos em 2024. A equipe econômica do governo, liderada pelo Ministério da Fazenda, está concentrada na manutenção de uma política fiscal sólida, visando a meta de déficit zero. Este objetivo tem sido um ponto crucial nas discussões econômicas, especialmente considerando as pressões do Partido dos Trabalhadores (PT) para flexibilizar essa meta.
O Banco Central (BC), que está em um ciclo de redução da taxa Selic, encontra-se em um momento decisivo. A expectativa do mercado é de uma continuidade na queda dos juros, mas há preocupações internas no BC sobre a possibilidade de interromper este ciclo com a taxa ainda em dois dígitos. Esta situação coloca em destaque a importância da estabilidade fiscal para a política monetária.
A Fazenda está firmemente contra a aceleração artificial do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, optando por focar em resultados fiscais robustos. Essa decisão reflete uma postura de não ceder a estratégias de crescimento econômico que possam comprometer a saúde financeira do país.
O Comitê de Política Monetária (Copom) tem uma reunião agendada para esta semana, e as expectativas são de uma redução adicional de 0,5 ponto percentual na Selic, levando-a a 11,75% ao ano. O mercado já ajustou suas previsões para a Selic em 2024, com estimativas variando em torno de 9% a 9,5%.
Outro ponto de atenção é o reajuste zero para servidores públicos federais em 2024, mantendo a linha de contenção de gastos. Além disso, medidas arrecadatórias estão sendo discutidas, como a MP 1.185, que visa regular a cobrança de impostos federais em projetos com isenções tributárias estaduais, potencialmente gerando receitas significativas.
As projeções do mercado para o crescimento do PIB em 2024 apontam para um aumento de 1,5%. Porém, há uma tensão política, com lideranças do PT argumentando a favor de uma abordagem mais flexível em relação ao déficit, com o objetivo de estimular o crescimento econômico.
Com informações da CNN Brasil