O juiz Eugênio Giongo, da 3ª vara cível de Toledo (PR), homologou o plano de recuperação judicial da Sperafico Agroindustrial. A assembleia de credores aprovou o plano em 11 de dezembro.
A empresa enfrenta dívidas de R$ 1,3 bilhão, propondo deságio médio de 80% e prazo de até 20 anos para quitação. O plano inclui reestruturação do passivo, venda de ativos e preservação de investimentos essenciais.
Os maiores credores incluem Imcopa, Glencore, cooperativa LAR, bancos Voiter, Daycoval, Santander, Bradesco, Safra e fundo PCG-Brasil. Credores trabalhistas serão os primeiros a receber a partir de janeiro.
A Sperafico, que chegou a faturar R$1,2 bilhão em 2007, atuava em diversos segmentos, como plantio de soja, milho e trigo, produção de lecitina de soja, óleo vegetal, óleos refinado e enlatado, gordura vegetal, farelo, rações para animais, sabão em barra e farinha de trigo. Com 62 anos de atuação, o grupo alega que a crise mundial de 2008 e a alta do preço da soja foram motivos para a bancarrota.