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Produção agroindustrial registra queda de 1,2% no primeiro semestre, indica FGV

(Imagem: Pixabay)
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De acordo com a análise mensal realizada pela FGV Agro, divulgado nesta segunda (21), a produção agroindustrial registrou uma diminuição de 1,2% durante o primeiro semestre deste ano quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Conforme avaliação da instituição, a queda no Índice de Produção Agroindustrial, conhecido como PIM Agro, na primeira metade do ano, foi causada pelo declínio de 5,2% no setor de produtos não alimentícios, englobando insumos agropecuários, produtos têxteis e produtos florestais. Por outro lado, o segmento de produtos alimentícios e bebidas demonstrou um aumento de 2,2% na mesma base de comparação.

No contexto dos produtos não alimentícios, a diminuição do indicador se deu em virtude da queda nos insumos agropecuários (17,2%), produtos têxteis (5,1%) e produtos florestais (4,1%). Essas quedas foram, em parte, contrabalançadas pelo crescimento de 12% no setor de biocombustíveis e de 2,6% no segmento de fumo.

A FGV observou que o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2023 ficou aquém do primeiro trimestre, que foi impulsionado principalmente pelo sólido desempenho da agropecuária nacional.

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira também ressaltou que a produção agroindustrial, especialmente de produtos não alimentícios, acompanha a trajetória da economia brasileira, ainda não evidenciando uma rota de crescimento sustentável.

A instituição também destacou que o setor de produtos alimentícios teve um primeiro semestre mais positivo, beneficiado pela safra excepcional do Brasil e pela consequente desaceleração da inflação de alimentos, o que afetou positivamente a produção nesse setor.

A FGV Agro observou que, assim como a indústria de transformação, a agroindústria enfrenta obstáculos que limitam uma recuperação mais robusta, tais como taxas de juros elevadas e um considerável nível de endividamento e inadimplência das famílias.

Segundo a Fundação, durante o mês junho, o PIM Agro registrou uma queda de 1,2% em relação a maio e 1,1% menor em relação ao mesmo mês do ano passado. A instituição destacou que a diminuição na produção agroindustrial no mês foi um pouco menos acentuada do que o observado na indústria de transformação, que apresentou uma queda de 1,5% na mesma base de comparação.

Para o acumulado do ano, a FGV Agro estima uma retração de 0,6% no PIM Agro em comparação a 2022. A instituição ressaltou que por trás dessa tendência está uma economia que apresenta sinais de desaceleração após um vigoroso primeiro trimestre impulsionado pelo setor agropecuário, aliado à valorização da moeda nacional.

Durante o ano, a produção industrial do segmento de produtos não alimentícios deverá apresentar uma queda de 4,3%, enquanto o setor de produtos alimentícios e bebidas está projetado para crescer 2,8%.

A FGV Agro projetou que, com a redução da inflação, um mercado de trabalho mais aquecido e a diminuição das taxas de juros (o que tende a reduzir o endividamento e a inadimplência das famílias), a produção de alimentos e bebidas terá condições favoráveis para prosperar no segundo semestre.

M Dias Branco conteúdo patrocinado