A safra de azeitonas na Europa em 2023 enfrentou uma crise que afetou a oferta global de azeite e o consumo no Brasil, um grande importador. Os consumidores brasileiros notam a escassez nas compras. Em janeiro, o azeite representava 4,2% das compras no país; em dezembro, caiu para 2,9%, conforme a consultoria Horus Inteligência de Mercado. No ano, o preço do azeite subiu de 35% a 41%, dependendo do tamanho da garrafa, de acordo com a Horus.
Portanto, com o azeite mais caro, consumidores escolhem garrafas de 250 ml, embora menos vantajosas em custo-benefício em relação às de 1 litro. Em 2023, garrafas de 1 litro subiram 41,5%, enquanto as de 250 ml aumentaram 35,2%. O azeite contribuiu para a inflação em 2023, apesar de ter impacto relativamente baixo. No ano, o preço subiu 37,1%, comparado ao IPCA de 4,62%.
Ranking mundial no consumo:
O aumento dos preços do azeite está relacionado às frequentes quebras de safra na Europa, que representa dois terços da produção global e tem o Brasil como o segundo maior mercado, após os Estados Unidos. A seca em países fornecedores importantes, como Espanha, Portugal e Grécia, causou uma queda de 38,7% na produção de azeite da União Europeia na safra 2022/23 (encerrada em outubro).
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção ficou abaixo de 1,4 milhão de toneladas. Portanto, é o menor volume já registrado pelo órgão. Portanto, a oferta global de azeite deverá cair aproximadamente 20%, chegando a 2,7 milhões de toneladas, conforme o Conselho Oleícola Internacional (COI).
Notícia positiva:
Afinal, apesar dos preços elevados, os consumidores não abandonaram o produto. Embora comprem azeite com menos frequência, a média de compra permaneceu quase a mesma ao longo do ano, com os consumidores adquirindo, em média, 1,2 garrafas por compra.