Os fundos de pensão no Brasil enfrentaram uma perda de R$ 956 milhões devido à crise da Americanas, que começou em janeiro do ano passado. No entanto, há uma perspectiva de recuperação significativa desses valores no longo prazo. O plano de recuperação judicial da Americanas, aprovado em dezembro passado, oferece a possibilidade de recuperar até 60% do valor.
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão do governo federal que supervisiona os fundos de pensão do país, divulgou a estimativa das perdas. Nesse sentindo, as perdas ocorreram devido à desvalorização dos papéis emitidos pela varejista Americanas. A empresa recorreu à proteção judicial após a revelação de uma fraude contábil avaliada em mais de R$ 25 bilhões.
Os fundos de pensão tinham exposição à Americanas por meio de títulos de dívida ou de fundos que investiam em ações da empresa. Assim sendo, a perspectiva de recuperação se baseia no plano aprovado pela empresa na Justiça. Os credores financeiros podem optar por receber com um desconto 70% ou converter parte da dívida em ações, outra parte em dívida nova e receber o restante em dinheiro.
O prazo para a recompra se estende até 2039. Os credores enfrentarão um período de três anos para zerar a posição, buscando uma valorização dos papéis até alcançarem R$ 1,30 na capitalização, que somará R$ 24 bilhões. Apesar das perdas, a maioria do mercado não registrou perda efetiva de dinheiro devido à crise da Americanas.
Impacto:
O impacto nos beneficiários dos fundos de pensão foi limitado, embora que as perdas se aproximem de R$ 1 bilhão, é apenas 0,8% do patrimônio, que possui mais de R$ 1,2 trilhão em ativos.