O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou sua primeira reunião de 2024 nesta terça-feira (30), com continuidade até quarta-feira (31). O encontro tem como pauta principal a avaliação da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11,75%. O mercado financeiro, por meio do boletim Focus, projeta uma redução para 11,25%.
Histórico Recente da Taxa Selic
Antes deste encontro, desde agosto de 2023, o BC adotou uma política de corte na Selic, que já passou por quatro reduções consecutivas. Essa fase sucedeu um período prolongado de elevação da taxa, que durou de março de 2021 a agosto de 2022, com a Selic sendo aumentada 12 vezes seguidas em resposta à inflação, especialmente nos setores de alimentos, energia e combustíveis. Durante um ano, de agosto de 2023 até o presente, a taxa manteve-se em 13,75% ao ano.
Projeções e Indicadores Econômicos
O comportamento recente da inflação, representado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou 2023 com alta de 4,62%, apoia a expectativa de redução da Selic. Essa taxa de inflação situa-se dentro do intervalo da meta estipulada pelo BC. As projeções do Focus para o IPCA de 2024 estão em 3,86%, enquanto as estimativas para a Selic no final do ano estão em 9%, com uma expectativa de 8,5% para dezembro de 2025.
Declarações Oficiais e Expectativas
A ata da reunião anterior do Copom, divulgada em dezembro, revelou que os membros do comitê concordaram em manter o ritmo atual de cortes da Selic. Roberto Campos Neto, presidente do BC, reiterou essa posição, indicando que as duas primeiras reuniões de 2024 seguiriam essa direção.
Processo Decisório do Copom
Durante o encontro do Copom, no primeiro dia são realizadas apresentações técnicas sobre a situação econômica do Brasil e global, além de análises do mercado financeiro. No segundo dia, a diretoria do BC, que compõe o colegiado, define a Selic após avaliar todas as possibilidades.
Fundo Histórico da Selic
Antes do ciclo de aumento iniciado em 2021, a Selic havia atingido seu menor nível histórico de 2% ao ano, em resposta à contração econômica causada pela pandemia de covid-19. Este período de baixa taxa ocorreu de agosto de 2020 a março de 2021, visando estimular a produção e o consumo.
