Na última quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) tomou a decisão de reduzir a taxa básica de juros da economia (Selic) para 11,25% ao ano. A redução ocorreu diante de um cenário internacional incerto e desafios relacionados à inflação. Sendo assim, bancos centrais em todo o mundo compartilham a preocupação com a estabilidade econômica e estão empenhados em combater o aumento dos preços.
A nível nacional, os indicadores econômicos confirmam a desaceleração prevista pelo Copom. A inflação ao consumidor continua a diminuir, assim como as medidas de inflação subjacente, aproximando-se das metas estabelecidas.
Participe do nosso canal no WhatsApp e fique sempre atualizado!! Entre AQUI: https://chat.whatsapp.com/F9RHuEDvoA94uXNAZ7LDRm
Igor Lucena, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará, afirmou que a redução é positiva.
“Trata-se de uma notícia bastante positiva, considerando que, ao mesmo tempo em que o Fed manteve as taxas de juros inalteradas nos Estados Unidos, a inflação de produtos está em declínio por lá. No entanto, a inflação de serviços ainda não segue a mesma tendência. No Brasil, registramos uma redução na taxa de juros, e as expectativas de inflação estão sendo efetivamente controladas por meio das medidas adotadas pelo Banco Central do Brasil.”
A queda nas taxas de juros coloca expectativas nos investidores. Portanto, incentiva investimentos em novas fábricas e possibilitando contratações futuras. Além disso, reduz os financiamentos de produtos e estimula a construção civil.
“Quando há quedas na taxa de juros, isso gera expectativas positivas entre os investidores. As pessoas começam a investir em novas fábricas, o que leva a contratações futuras. Além disso, produtos de linha branca, como carros, experimentam reduções nos financiamentos. Isso também estimula o setor da construção civil, incluindo a compra de apartamentos”, afirmou o presidente do Corecon-CE.”
Igor também ressaltou que novas reduções na taxa de juros podem impulsionar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No entanto, ele alertou que outros fatores macroeconômicos, como a definição das alíquotas da reforma tributária, são igualmente importantes para o crescimento econômico.
Sobre as reduções futuras na taxa Selic, o presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará observou que essas medidas dependem do governo federal apresentar resultados fiscais positivos.
“É importante ressaltar que as reduções na taxa de juros devem prosseguir desde que o governo federal mantenha resultados fiscais positivos. Um déficit de 230 bilhões nas contas públicas não é uma situação sustentável para ocorrer novamente. Portanto, é crucial que o Governo Federal continue a trabalhar no controle dos resultados fiscais. Nossa expectativa é que, até o final do ano, possamos alcançar uma taxa de juros de um dígito, o que seria extremamente benéfico para o país.”, concluiu.
Entenda a redução da Taxa Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros da economia (Selic) para 11,25% ao ano, em meio a um cenário de incerteza internacional e desafios inflacionários. As projeções para 2024 e 2025 indicam inflação controlada. O órgão reconhece riscos tanto para a alta quanto para a baixa na inflação, relacionados a fatores globais.
Diante desse contexto, o Copom enfatiza a necessidade de manter uma política monetária contracionista e busca alcançar as metas fiscais para ancorar as expectativas de inflação. A decisão de reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual foi unânime. Portanto, se as condições permitirem, novas reduções podem ser esperadas. A política monetária visa equilibrar a inflação e promover o crescimento econômico em um cenário desafiador, adaptando-se à evolução dos indicadores econômicos e dos riscos inflacionários.
