A inflação do país registrou crescimento de 0,42% em janeiro, após variação de 0,56% no mês anterior. Destaca-se a elevação de 1,38% nos preços dos alimentos, influenciando o indicador. O aumento é o maior desde 2016, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As condições climáticas adversas em áreas produtoras do Brasil, intensificadas pelo El Niño, contribuem para a alta nos alimentos, que representam o maior peso no índice. Assim, itens como cenoura, batata-inglesa, feijão-carioca, arroz e frutas apresentaram os maiores aumentos.
“O resultado de janeiro tem, assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica André Almeida, gerente da pesquisa. É a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).
O grupo de transportes, segundo de maior peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou deflação de 0,65%. Contudo, o destaque foi para a queda de 15,22% nas passagens aéreas, após quatro meses de altas consecutivas.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 0,57% em janeiro, com produtos alimentícios contribuindo para o resultado. O índice acumula alta de 3,82% nos últimos 12 meses. O IPCA abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC inclui famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, em diversas regiões metropolitanas e municípios do país. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o próximo resultado do IPCA em 12 de março.