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Queda nas vendas de máquinas agrícolas preocupa setor

2023 registra declínio nas compras de equipamentos

Vendas Máquinas Agrícolas
(Foto: Jannis Knorr/Pexels)

O setor de máquinas agrícolas enfrentou um 2023 desafiador, registrando uma queda de 13,2% nas vendas. Com 60.921 unidades vendidas, contra 70.262 no ano anterior, a indústria se prepara para um 2024 ainda mais cauteloso, esperando uma redução adicional de 11% nas vendas. Fatores como o crédito mais restrito, a volatilidade dos preços das commodities, especialmente a soja, e a estiagem que impactou a produtividade foram cruciais para essa diminuição.

Decisão de compra afetada por diversos fatores

Márcio de Lima Leite, da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), destacou em coletiva de imprensa em São Paulo que “as taxas de financiamento, tempo e liberação representam 60% da tomada de decisão do produtor na compra de máquinas“. A conjuntura é complicada pela expectativa de redução da taxa Selic, levando muitos produtores a postergarem suas decisões de compra na esperança de condições mais favoráveis. A demanda por tratores caiu 12,4%, e o mercado de colheitadeiras encolheu 18,5%. Apesar da queda recente, Leite aponta que o mercado atual é mais ativo que durante a pandemia, refletindo a resiliência do setor.

Mudanças nas exportações

As exportações também diminuíram, com uma queda de 17,8% em 2023. Nesse contexto, o Paraguai emergiu como o principal comprador das exportações brasileiras, substituindo a Argentina, que sofreu uma grande redução nas compras devido a uma combinação de economia debilitada e seca severa. Apesar dos desafios, Rafael Miotto, da CNH Industrial, vê a situação da Argentina como temporária e destaca a resiliência da indústria brasileira, apontando para um futuro promissor na produção de insumos agrícolas.

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Um ano de ajustes e expectativas

2023 foi um ano de reavaliações para o setor de máquinas agrícolas, com vários fatores influenciando negativamente as vendas. Contudo, a resiliência e a capacidade de adaptação do setor sugerem que, apesar dos obstáculos, há caminhos para recuperação e crescimento nos próximos anos. A indústria se mantém atenta às mudanças no mercado e nas políticas econômicas, preparando-se para as oportunidades que o futuro pode trazer.

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