O empoderamento financeiro das famílias brasileiras está se tornando cada vez mais evidente, marcando uma nova era de consciência e controle sobre as finanças pessoais e familiares. A recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC mostrou uma tendência encorajadora: o endividamente e a inadimplência do consumidor brasileiro teve queda no mês de fevereiro e atingiu seu ponto mais baixo desde março de 2022, refletindo uma gestão financeira mais sólida entre as famílias brasileiras.
Mulheres no controle: uma força econômica emergente
O papel das mulheres nesse cenário é particularmente notável. Elas não apenas lideraram a taxa de queda no endividamento e inadimplência, mas também demonstraram ser agentes de mudança no panorama econômico. Entre fevereiro de 2023 e 2024, houve uma diminuição significativa no percentual de mulheres com dívidas, passando de 79,5% para 78,8%. Esses números não apenas sublinham a importância da liderança feminina na gestão financeira, mas também sugerem um futuro promissor para o consumo e a economia como um todo. “Isso é um sinal positivo, mostrando uma melhora do planejamento financeiro e do orçamento das famílias lideradas por mulheres, mostrando que as mulheres vêm se preparando para voltar para o mercado de consumo em 2024”, avalia o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.
Um olhar para o futuro: crédito como ferramenta de crescimento
Apesar do endividamento ser uma preocupação constante, a CNC ressalta seu papel duplo na economia. Por um lado, o crédito incentiva o consumo, funcionando como uma renda adicional para as famílias. Por outro, o desafio surge quando o endividamento se torna insustentável. Felizmente, as projeções atuais indicam um caminho de equilíbrio, com expectativas de um ligeiro aumento no endividamento, porém com uma contínua redução da inadimplência até o final de 2024.
Cartão de crédito: o desafio continua
Ainda assim, o cartão de crédito permanece como a principal forma de dívida para a maioria das famílias, seguido por outras obrigações financeiras. Esse cenário ressalta a necessidade de uma educação financeira robusta e de estratégias de pagamento eficazes, para evitar que o endividamento comprometa a saúde financeira das famílias brasileiras.