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Como discos de vinil e Taylor Swift afetam inflação do Reino Unido

discos de vinil e Taylor Swift inflação do Reino Unido
(Foto: Mick Haupt/Unsplash).

Os discos de vinil estão influenciando a inflação no Reino Unido após uma ausência de mais de 30 anos, impulsionados principalmente por Taylor Swift, os LPs ressurgem na cesta do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), conforme anunciado pelo Gabinete de Estatísticas Nacionais do Reino Unido (ONS). Esta atualização anual do ONS adicionou 16 novos itens, enquanto 15 foram removidos para refletir as mudanças nos hábitos de consumo.

Matt Corder, vice-diretor de preços do ONS, comentou sobre a atualização, ressaltando que a inclusão dos discos de vinil exemplifica como os interesses culturais podem modificar os padrões de gasto dos consumidores. Este ajuste na cesta é fundamental para o cálculo da inflação, um fator determinante nas decisões de política monetária do Banco da Inglaterra.

 

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Discos de Vinil e Taylor Swift inflação do Reino Unido
Vinil Midnights da Taylor Swift (Foto: Twitter/@taylorswiftbr).

Taylor Swift transcende o papel de cantora e compositora bem-sucedida, destacando-se igualmente como uma estrategista de marketing. De acordo com o HDD, o lançamento de seu álbum “Midnights” em vinil, em 2022, estabeleceu um marco histórico, sendo o primeiro álbum neste formato a exceder um milhão de vendas nos Estados Unidos no século XXI, alcançando esse feito em somente três meses. O interesse por discos de vinil vem crescendo consistentemente, e o sucesso de Swift nesse segmento supera as expectativas mais otimistas para o setor de discos na era digital.

Com o vinil reafirmando sua posição tanto como meio de audição quanto item de colecionador para o público geral, tem-se observado uma diminuição na faixa etária dos compradores. Diversos proprietários de lojas notaram que os álbuns mais demandados evoluíram das categorias indie rock e rock clássico, que dominaram o renascimento do vinil na última década, para discos pop mainstream de artistas como Swift, Olivia Rodrigo e Lana Del Rey.

Swift não só lidera essa transformação como se estabelece em uma categoria musical própria. Seu álbum “1989 (Taylor’s Version)” alcançou vendas superiores a um milhão de unidades em 2023, ultrapassando o total combinado do Top 100 de 2012. Em 2022, “Midnights” não apenas foi o vinil mais vendido do ano, com seis milhões de cópias, mas também registrou 4,6 milhões em vendas físicas, conforme dados divulgados pelo Media Traffic.

Os admiradores de Taylor Swift nos Estados Unidos desempenharam um papel fundamental ao fazer com que os gastos com discos de vinil superassem os de CDs no Reino Unido pela primeira vez desde os anos 1980, um período marcado por sucessos de Rick Astley e Pet Shop Boys. “Midnights”, o décimo trabalho de estúdio da cantora, ascendeu ao título de LP mais comercializado deste século no território britânico, atingindo a marca de 80 mil cópias vendidas. Esse volume de vendas contribuiu para elevar as receitas anuais de vinil, superando o pico registrado há 35 anos. Apesar da redução contínua nas vendas de CDs, o interesse por versões físicas de músicas permanece vigoroso. De acordo com o “Guardian”, o mercado de vinil no Reino Unido manteve uma trajetória de crescimento ao longo dos últimos 15 anos, com aproximadamente 5,5 milhões de unidades vendidas no atual ano.

Impacto nas vendas no Reino Unido

Apesar da inflação ter reduzido de 11,1% para 4%, ela ainda excede a meta de 2% estabelecida pelo banco central. O renascimento do vinil no Reino Unido é evidenciado pelas vendas, que atingiram 6,1 milhões de unidades em 2023, o maior volume desde 1990, de acordo com a British Phonographic Industry (BPI). A CEO da BPI, Jo Twist, expressou que a inclusão do vinil na cesta reflete adequadamente as tendências atuais de consumo.

Tendências saudáveis

Além dos discos, a cesta de inflação deste ano demonstra uma inclinação para opções mais saudáveis. Itens como air fryers, bolos de arroz, sementes de girassol e abóbora, além de óleos em spray, evidenciam uma preferência crescente por produtos que promovem um estilo de vida saudável. O ONS notou um aumento nos gastos com air fryers, e o pão sem glúten foi incluído na cesta, acompanhando a demanda por produtos alimentícios adaptados a necessidades dietéticas específicas.

Produtos em desuso

Enquanto novos produtos são incorporados, outros são excluídos da cesta de inflação devido a mudanças nas preferências e padrões de consumo. O desinfetante para as mãos, por exemplo, foi retirado após a diminuição da demanda pós-pandemia. Da mesma forma, os sofás-camas foram removidos devido à sua popularidade decrescente.

Ajustes na cesta

As mudanças na cesta do CPI refletem não apenas as preferências de consumo, mas também ajudam a manter a relevância e a precisão do índice ao longo do tempo. A remoção de “utensílios para assar” após uma análise que indicou uma redundância nos movimentos de preços é um exemplo de como o ONS ajusta a cesta para representar melhor os gastos dos consumidores.

Este ajuste anual na cesta de bens e serviços do CPI sublinha a importância de manter as métricas econômicas alinhadas com os hábitos e preferências em evolução dos consumidores. A reintrodução dos discos de vinil e a inclusão de itens que promovem um estilo de vida saudável refletem não apenas as tendências culturais e sociais, mas também contribuem para um entendimento mais preciso da economia do Reino Unido e suas implicações na política monetária.

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