A Oi (OIBR3), atualmente em processo de recuperação judicial, divulgou um prejuízo líquido de R$ 486 milhões no quarto trimestre de 2023. A cifra representa uma redução de 97,2% em relação ao prejuízo de R$ 17,149 bilhões registrado no mesmo período de 2022.
No mesmo período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina apresentou um valor negativo de R$ 114 milhões. Então, contrastando com um resultado positivo de R$ 345 milhões no ano anterior.
A margem Ebitda ajustada, por sua vez, atingiu -5,0% entre outubro e dezembro de 2023. Uma retração de 18 pontos percentuais em comparação com o quarto trimestre de 2022.
Receita líquida
A receita líquida totalizou R$ 2,276 bilhões no último trimestre de 2023, refletindo uma queda de 13,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A redução, segundo a empresa, foi principalmente atribuída à queda acentuada nos serviços não-core, parcialmente compensada pelo desempenho das receitas provenientes da Oi Fibra e de TICs na Oi Soluções.
Os custos e despesas de rotina totalizaram R$ 2,4 bilhões no quarto trimestre de 2023, representando um aumento de 5,2% em relação ao ano anterior, devido, em parte, à reversão de valores relacionados a impostos sobre receita no mesmo período de 2022.
Resultado financeiro
O resultado financeiro líquido apresentou despesas de R$ 1,0 bilhão no quarto trimestre de 2023. Um aumento de 59,5% em relação ao ano anterior. O fluxo de caixa operacional encerrou o último trimestre de 2023 com um consumo de R$ 300 milhões, representando uma redução de 59,5% em relação ao mesmo período de 2022.
No quarto trimestre de 2023, os investimentos totalizaram R$ 186 milhões, sendo que as operações core responderam por 75% deste montante. Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 23,292 bilhões. Então, foi um aumento de 22,1% em relação ao mesmo período de 2022.
Oi propõe grupamento de ações
Além dos resultados financeiros, o Conselho de Administração da Oi aprovou a submissão de uma proposta de grupamento da totalidade das ações ordinárias e preferenciais da companhia na proporção de 10:1. Esta proposta será apresentada à Assembleia Geral Extraordinária da Companhia, a ser oportunamente convocada para o dia 29 de abril de 2024.
