A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano ganhou um novo impulso, conforme destacado no relatório “Financeiro Acrefi”. O boletim foi divulgado pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) neste fim de semana. O economista-chefe da entidade, Nicolas Tingas, elevou a previsão de crescimento de 2% para 2,3%.
O governo federal também está considerando aumentar a estimativa de crescimento para 2024. Assim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também indicou recentemente a possibilidade de elevar a projeção de 2,2% para 2,5%. A mudança vem em meio a revisões positivas do mercado. Este está reagindo às medidas de estímulo implementadas pelo governo para impulsionar a economia, especialmente diante da queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nicolas Tingas destaca que o governo está intensificando as ações para acelerar o crescimento econômico, o que inclui um aumento nos gastos públicos, especialmente em ano eleitoral. Esta estratégia visa também recuperar municípios governados pela oposição bolsonarista. Os observadores veem esses esforços como uma resposta à desaceleração do crescimento do PIB no final de 2023.
Por outro lado, o Banco Central do Brasil (BC) adota uma postura mais cautelosa sobre o PIB brasileiro, manifestando incerteza em relação ao cenário futuro. Essa cautela reflete-se na trajetória de redução da taxa básica de juros. O economista observa que essa abordagem está relacionada à estratégia do governo de impulsionar a demanda agregada da economia, com aumento dos gastos públicos e expansão do crédito privado.
Selic
O economista ressalta que o aumento do emprego, da renda e do crédito terá um efeito multiplicador na renda disponível a curto e médio prazo, elevando o PIB para um patamar acima das expectativas atuais. Além disso, ele revisou a projeção para a taxa Selic, estimando que ela terminará o ano em 9,25%. Um aumento em relação à projeção anterior de 9%.