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Como a falta de profissionais qualificados desafia a construção civil

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(Foto: Ümit Yıldırım/Unsplash).

A construção civil no Brasil, apesar de uma projeção otimista de crescimento de 3% para 2024 pelo FGV Ibre, enfrenta a falta de mão de obra qualificada. Esta preocupação surge em um momento de recuperação do setor, que viu uma expansão de 4,2% em sua atividade econômica no último trimestre de 2023, mesmo após uma queda de 0,5% do PIB no ano anterior.

O setor, que emprega atualmente 2,8 milhões de trabalhadores, se vê às vésperas de um possível “apagão” de profissionais capacitados, em grande parte devido às novas demandas impulsionadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e por projetos de prefeituras em ano eleitoral. A Sondagem da Construção do FGV Ibre destaca que quase 30% das empresas já enfrentam essa escassez.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou uma pesquisa em maio de 2023, revelando que 70% das 800 empresas consultadas lidam com a falta de mão de obra. Ademais, o Sintracon-SP aponta a necessidade de 30 mil profissionais apenas em São Paulo, refletindo a desvalorização de profissões como pedreiros ou mestres de obras entre as novas gerações.

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Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia no Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), propõe que a industrialização e a automação emergem como caminhos promissores para superar a escassez de mão de obra qualificada na construção civil. A introdução de tecnologias avançadas e o uso de componentes pré-fabricados poderiam não apenas otimizar os processos, mas também tornar o setor mais atraente para as novas gerações, que estão cada vez mais distantes das profissões tradicionais de construção.

No entanto, Zaidan ressalta que a transição para um modelo de construção mais modernizado esbarra em barreiras. Uma das mais prementes é a elevada carga tributária incidente sobre a indústria, que encarece a adoção de novas tecnologias e métodos de construção. Este desafio fiscal pode ser exacerbado pela reforma tributária atualmente em discussão, que, ao invés de facilitar, poderia impor ainda mais ônus sobre o setor, sem oferecer incentivos claros para a industrialização.

Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), também expressa preocupação com a direção das políticas tributárias. Ela alerta que, sem uma estratégia bem definida que favoreça a modernização do setor, a reforma tributária poderia resultar em um aumento da carga de impostos. Isso dificultaria ainda mais a implementação de melhorias na produtividade e na eficiência da construção civil.

Este cenário exige uma resposta rápida do setor e do governo para evitar que a falta de mão de obra qualificada limite o potencial de crescimento da construção civil, fundamental para a economia brasileira. A busca por soluções passa pela educação, treinamento e modernização das práticas de construção, garantindo assim a sustentabilidade do crescimento do setor.

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