O mercado cambial apresentou uma reviravolta nesta quarta-feira (10), com o dólar atingindo o maior patamar desde outubro do ano passado. O índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, divulgado pelo Departamento do Trabalho americano, subiu 0,4% em março, superando as expectativas. A alta, em comparação com o mesmo período do ano anterior, ficou em 3,5%, um aumento em relação aos meses anteriores.
Em resposta a esse dado, os rendimentos dos Treasuries nos EUA aumentaram, impactando também a curva de juros no Brasil. Consequentemente, o dólar registrou fortes ganhos em relação a outras moedas globais. A percepção predominante foi de que, com a inflação em alta nos EUA, o Federal Reserve (Fed) adiaria os cortes nas taxas de juros, reduzindo assim o diferencial entre as taxas de juros brasileiras e internacionais. Isso diminuiu o atrativo do país para o capital estrangeiro, penalizando o real.
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Por sua vez, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil desacelerou para 0,16% em março, contrastando com o aumento de 0,83% registrado em fevereiro. No acumulado do ano, o IPCA apresentou um aumento de 1,42%. Sendo assim, nos últimos 12 meses o aumento foi de 3,93%, números abaixo das estimativas dos analistas.
Diante desse cenário, o Banco Central realizou um leilão de 16.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem dos vencimentos de junho, buscando intervir no mercado cambial. No fechamento do mercado, o dólar à vista registrou alta de 1,41%, atingindo R$ 5,077 na compra e venda. Enquanto isso, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subiu 1,31%, alcançando R$ 5,084. No mercado turismo, a moeda norte-americana foi vendida a R$ 5,292 e comprada a R$ 5,112.
