Após sua privatização em 2022, a Eletrobras anunciou planos para reduzir o salário de seus funcionários em 12,5%. Esta medida abrange todos os funcionários das concessionárias de CGT Eletrosul, Chesf, Eletrobras, Eletronorte, e Furnas, e faz parte das negociações do novo acordo coletivo. A empresa justifica a redução como necessária para adequar-se às práticas do mercado privado.
Impacto nos trabalhadores
Os representantes dos trabalhadores estimam que cerca de 5.000 funcionários serão afetados por esta redução de salários na Eletrobras. Apesar das garantias de indenizações, detalhes sobre como e quando esses pagamentos serão feitos ainda não foram esclarecidos.
Negociações em andamento
O atual acordo salarial expira neste semestre, e as negociações têm sido tensas, sem perspectiva de acordo iminente. O Coletivo Nacional dos Eletricitários tem promovido mobilizações para defender os direitos dos trabalhadores e pressionar contra os cortes propostos.
Reações e consequências
A Eletrobras afirma que busca um acordo justo, respeitando as leis e contribuindo para o fortalecimento da empresa. Contudo, a estratégia de corte salarial já enfrenta resistência tanto dos funcionários quanto de seus representantes sindicais, que exigem transparência nas motivações da empresa e uma discussão mais ampla sobre as condições propostas.
Contexto mais amplo
A proposta de cortar salários acontece após a Eletrobras já ter realizado Planos de Demissão Voluntária (PDVs), enxugado quadro de funcionários e reduzido custos com pessoal. Segundo números compilados pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários, de 2022 para 2023 a empresa perdeu 12,6% de seu quadro de efetivos e cortou em 11% as despesas com pessoal.
Perspectiva do setor
Como uma das maiores empresas de energia do Brasil, as decisões da Eletrobras têm um impacto não apenas em seus funcionários, mas também na indústria de energia e na economia nacional como um todo. A conclusão das negociações do acordo coletivo será fundamental para definir o futuro da empresa e de seus colaboradores no novo cenário empresarial brasileiro.
