A Americanas enfrenta um novo processo de arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado da B3. Esse processo foi iniciado pelo Instituto Ibero-Americano da Empresa, que atua como substituto processual. Eles alegam violação de deveres fiduciários e prejuízos relacionados à fusão de negócios entre a Lasa e a B2W. Além disso, pedem a condenação da empresa e de seus principais acionistas, incluindo os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
A solicitação envolve uma indenização para os acionistas da Lojas Americanas SA por danos causados nesse processo de fusão, além de pedir que os acionistas de referência compensem a Americanas por supostos prejuízos decorrentes de irregularidades na contabilidade da empresa. O caso que deu origem a esse processo foi divulgado pela própria Americanas em 19 de janeiro de 2023, apenas oito dias após a revelação da fraude contábil.
Outros processos semelhantes também são geridos pelo Instituto Ibero-Americano da Empresa, envolvendo grandes companhias como Oi, Natura, CVC e IRB, onde se busca ressarcimento para acionistas minoritários prejudicados.
Em uma movimentação paralela, aproximadamente 500 investidores minoritários da Americanas (AMER3) preparam um segundo processo de arbitragem contra a empresa na B3. O objetivo é conseguir uma indenização que pode chegar a R$ 20 bilhões, conforme divulgado pelo Instituto Empresa. Este grupo inclui investidores pessoa física, fundos de pensão e fundos de investimentos. Este novo processo visa agregar o maior número possível de investidores afetados pela situação.
A Americanas, por sua parte, comunicou que irá responder ao pedido de arbitragem dentro do prazo estipulado pela Câmara de Arbitragem do Mercado da B3. A empresa também informou que continuará a divulgar qualquer nova informação sobre o andamento do processo, seguindo as diretrizes da Resolução CVM nº 80, de 29 de março de 2022.