Na última quinta-feira (25), a Sudene reebeu representantes do New Development Bank (NDB), mais conhecido como Banco do BRICS, para debater sobre o aporte de US$ 500 milhões que será destinado aos fundos de desenvolvimento regional. Este encontro marcou um passo significativo para a capitalização do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), bem como dos Fundos de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Centro-Oeste (FDCO).
Contexto dos Fundos
Atualmente, os três fundos possuem uma disponibilidade financeira inferior ao valor proposto pelo aporte, estimado em R$ 2,5 bilhões. O FDNE, especificamente, oferece R$ 1,2 bilhão em créditos para 2024, esperando receber a maior parcela do aporte, cerca de US$ 300 milhões. Este fundo, administrado pela Sudene, tem uma história de apoio a projetos significativos, como a Transnordestina e a Stellantis, focando em energia renovável e infraestrutura.
Ampliação e Diversificação
Danilo Cabral, superintendente da Sudene, mencionou que, no último ano, a demanda por recursos foi predominantemente para projetos de energia solar fotovoltaica e eólica. No entanto, esforços estão sendo feitos para diversificar e ampliar a carteira de projetos do fundo.
“Estamos adotando medidas para ampliar nossa carteira de projetos, inclusive democratizando o acesso ao FDNE”, enfatizou Cabral.
Alinhamento e Preparação
Os representantes do NDB continuaram suas discussões durante a semana com técnicos do Ministério e das superintendências do desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Centro-Oeste (Sudeco), além da Sudene. O objetivo destes encontros foi alinhar as informações para a estruturação da proposta contratual que será analisada pelo Conselho do NDB no final do ano.
Perspectivas e Operações do NDB
Desde sua criação em 2016, o NDB, que agrega membros dos países do Brics, além de outras nações, já aprovou US$ 6 bilhões em projetos no Brasil, com 80% desses recursos destinados ao setor público. A expectativa é que este novo aporte fortaleça ainda mais os projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável no país.
Banco do BRICS
O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Banco do BRICS, foi oficialmente estabelecido após um acordo durante a Quinta Cúpula do BRICS em Durban, África do Sul, em 27 de março de 2013. Sua sede foi definida para Xangai, China. Em 15 de julho de 2014, durante a Sexta Cúpula em Fortaleza, Brasil, os países membros assinaram o acordo para lançar o NBD com um capital de US$ 100 bilhões e um fundo de reserva monetária adicional no mesmo valor.
O BRICS tem como objetivo financiar projetos tanto públicos quanto privados, oferecendo empréstimos, garantias, e outras formas de suporte financeiro, e colaborar com organizações internacionais para promover desenvolvimento sustentável.