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Como o Brasil se tornou polo de engenheiros para Stellantis

Como o Brasil se tornou polo de engenheiros para Stellantis
(Foto: Divulgação/Stellantis).

A Stellantis, detentora de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, passou a contratar a maioria de seus engenheiros em países emergentes, como Brasil, Índia e Marrocos. A medida faz parte de uma estratégia para reduzir custos em meio à crescente competição na indústria automotiva e à desaceleração da demanda global.

O custo médio anual por engenheiro nesses países é de cerca de 50.000 euros (US$ 53.000 ou R$ 270 mil), uma fração dos valores encontrados em centros como Paris e Detroit, onde a mão-de-obra pode custar até cinco vezes mais.

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A Stellantis visa expandir a participação de engenheiros em locais de baixo custo, com a meta de ter dois terços de seu time técnico nessas regiões a longo prazo. A diretora financeira da empresa, Natalie Knight, ressaltou a importância de continuar otimizando os custos para se manter competitiva. Ela também destacou a importância de veículos acessíveis, como o Citroen ë-C3, cuja entrega deve ocorrer no segundo trimestre deste ano.

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A remuneração de engenheiros nos Estados Unidos e na França varia entre US$ 150.000 e US$ 200.000 ao ano, enquanto em países como Brasil e Índia esses valores são de 20% a 30% dessa faixa. A Stellantis busca não apenas reduzir custos, mas também adquirir expertise em áreas-chave como software, inteligência artificial e química de baterias.

No Brasil, a Stellantis planeja contratar cerca de 500 engenheiros adicionais, somando-se aos quase 4.000 profissionais já em atuação, segundo Emanuele Cappellano, presidente da empresa na América do Sul. Muitos desses engenheiros trabalham em projetos globais, com sede em Betim, Minas Gerais.

Entretanto, a expansão para mercados emergentes não é isenta de desafios. Problemas técnicos em projetos, como no sistema de direção da plataforma “Smart Car”, exigiram intervenção de engenheiros franceses e italianos para correções. Em outras áreas, a escassez de mão-de-obra especializada resultou em problemas na fábrica de caminhões da Stellantis em Michigan, segundo Mike Spencer, presidente do sindicato local United Auto Workers.

Além disso, a Stellantis enfrenta pressão política, especialmente na Itália, onde o governo se opõe à eliminação de milhares de empregos. Ao mesmo tempo, há críticas internas quanto à diferença entre os pacotes de remuneração da alta administração, como o do CEO global Carlos Tavares, e a pressão financeira sobre o restante da equipe.

A expansão da contratação de engenheiros brasileiros pela Stellantis reflete uma tendência que, embora promissora em termos de aumento de empregos, também aponta para a desvalorização salarial da categoria no país. A diferença nos custos de mão-de-obra entre o Brasil e os centros tradicionais como Estados Unidos e França levanta preocupações sobre a remuneração e as condições de trabalho desses profissionais, revelando um cenário difícil para a classe de engenheiros brasileiros no contexto global.

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