O Grupo Pão de Açúcar (GPA), negociado na bolsa como PCAR3, enfrentou um aumento no prejuízo líquido das operações continuadas no primeiro trimestre de 2024, totalizando R$ 407 milhões. Assim, o resultado mostra um agravamento em comparação com a perda de R$ 319 milhões registrada no mesmo período do ano anterior. O aumento do prejuízo é atribuído principalmente à adesão ao programa de quitação de débitos de ICMS com o Estado de São Paulo e ao impairment relacionado à venda da sede administrativa.
A companhia também enfrentou desafios com menor reconhecimento de créditos fiscais no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), vinculados ao prejuízo fiscal acumulado. Desconsiderando esses itens, o prejuízo ajustado seria de R$ 197 milhões, uma melhora em relação à perda de R$ 304 milhões no primeiro trimestre de 2023.
Em termos de desempenho operacional, o GPA reportou um Ebitda ajustado de R$ 372 milhões. Um aumento de 71,1% em relação ao ano anterior. A margem Ebitda também apresentou crescimento, passando de 5,2% para 8,1%. Especificamente no Brasil, o Ebitda ajustado da operação aumentou 41,4%, alcançando os mesmos R$ 372 milhões, com a margem subindo de 6,3% para 8,1%.
Receitas
No que diz respeito às receitas, o GPA teve um aumento de 8,2% na receita bruta, somando R$ 4,867 bilhões. As vendas sob a bandeira Pão de Açúcar aumentaram 10,3%. Já o segmento de Proximidade expandiu 22,8%. O e-commerce também apresentou crescimento forte, com um aumento de 25,1% nas vendas. A margem bruta da empresa subiu 1,5 ponto percentual, alcançando 27,2%.
O desempenho em lojas comparáveis (same-store sales) mostrou um aumento de 8,1% no trimestre, com destaque para a bandeira Pão de Açúcar, que teve um aumento de 9,3%. A receita líquida cresceu 10,3%, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas subiram 9,2%.
Expansão
Durante o primeiro trimestre, o GPA continuou em expansão, inaugurando nove novas lojas, incluindo sete do Minuto Pão de Açúcar e duas do Mini Extra. Nos últimos doze meses, a empresa adicionou 64 novas lojas à rede, com 61 no formato de proximidade e três sob a bandeira Pão de Açúcar.
Apesar dos desafios fiscais e despesas adicionais, o GPA também ajustou as operações. Assim, classificou as atividades dos postos de combustíveis como operação descontinuada, uma vez que estes foram colocados à venda. Inclusive, quando consideradas as operações continuadas e descontinuadas, a companhia reportou um prejuízo consolidado de R$ 660 milhões. Então, é um aumento em relação à perda de R$ 248 milhões do ano anterior.