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Amil e Dasa criam gigante hospitalar no Brasil

Nova empresa é o segundo maior player do setor

Amil e Dasa
Amil e Dasa criam gigante hospitalar no Brasil (Imagem: divulgação/Amil)

A Amil e a Dasa anunciaram nesta sexta-feira (14), a criação de uma nova empresa hospitalar, resultando na formação do segundo maior player do setor no Brasil. A nova companhia será focada nas regiões do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. O movimento fortalece os planos da Amil e contribui para a desalavancagem da Dasa, além de proteger a posição competitiva da empresa em um setor que está se consolidando ao redor de grandes grupos.

A nova entidade será controlada 50% pelos acionistas da Dasa e 50% pela Amil. Ambas  as empresas vão exercer o co-controle e nenhuma consolidando o resultado da joint venture no balanço. A companhia será uma operação independente, liderada pelo CEO Lício Cintra, atual comandante da Dasa. Sendo assim, Dulce Pugliesi, fundadora da Amil e atual controladora da Dasa, será a chair vitalícia da nova empresa. O conselho de administração será composto por 9 membros: 3 da Amil, 3 da Dasa e 3 independentes.

Estrutura financeira

Como parte da operação, a Amil está contribuindo com 11 hospitais para a joint venture, incluindo o Samaritano Higienópolis e o Samaritano Paulista. A Dasa, por sua vez, está contribuindo com 14 hospitais, entre eles o Hospital Nove de Julho e o Hospital São Lucas Copacabana. A Dasa também está transferindo R$ 3,85 bilhões da dívida bruta de R$ 12 bilhões para a nova empresa, o que, junto ao aumento de capital de R$ 1,5 bilhão pela família Bueno, reduz a alavancagem da Dasa para 3x EBITDA.

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A nova empresa terá um total de 25 hospitais e 4.400 leitos, com uma receita líquida pro forma de R$ 9,9 bilhões no ano passado. O EBITDA desses hospitais foi de R$ 777 milhões em 2023. Apesar de a margem EBITDA de 7,8% ser menor que a de concorrentes como Rede D’Or, as expectativas são de melhorias com a integração das operações.

Impacto no setor

A união das operações da Amil e da Dasa altera a geopolítica do setor hospitalar no Brasil, criando um novo equilíbrio de forças no mercado. A nova empresa nasce com uma grande diversificação de fontes pagadoras, sendo a Amil a maior delas, com 20-25% do faturamento estimado. Antes da fusão, a Dasa já era o segundo maior operador de hospitais do país, mas com a união, a distância para o terceiro player aumenta e reduz o gap em relação à Rede D’Or, que possui 70 hospitais e 11.700 leitos.

Planos futuros e desafios

A Dasa fechou o ano passado com um prejuízo de R$ 1,1 bilhão. A Amil, que possui 3 milhões de beneficiários, teve um prejuízo líquido de R$ 4 bilhões. Sendo assim, a nova empresa nasce com o desafio de melhorar o desempenho operacional e financeiro. Em paralelo, a família Bueno está em conversas com investidores para um investimento minoritário no negócio de medicina diagnóstica da Dasa, visando a desalavancagem da companhia.

A Amil foi assessorada por BR Partners, Santander e Lefosse Advogados, enquanto a Dasa contou com a assessoria do BTG Pactual e Stocche Forbes.

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