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O lado obscuro da IA: como ela está drenando recursos globais?

Preocupações ambientais crescem com avanço da IA

Consumo energético o lado obscuro da IA: como ela está drenando recursos globais?
(Foto: Nasa/Unsplash).

O crescimento das tecnologias de inteligência artificial (IA) traz consigo um aumento considerável no consumo de recursos naturais, como energia e água, além de demandar mais matérias-primas para a fabricação de componentes eletrônicos. Segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo energético em centros de processamento de dados pode saltar de 460 terawatt-hora em 2022 para 1.050 terawatt-hora em 2026. Isso representa quase o dobro da energia consumida anualmente pelo Brasil, estimada em cerca de 500 terawatt-hora.

Impacto ambiental da expansão tecnológica

Além do elevado consumo energético, a implementação em massa da IA implica um uso intensivo de água para o resfriamento de equipamentos e um aumento na extração de minerais raros, necessários para a produção de chips e outros componentes eletrônicos. Este cenário coloca novos desafios para a gestão sustentável de recursos naturais, exigindo uma regulamentação mais estrita.

Emissões de carbono

Outro aspecto preocupante é o potencial aumento nas emissões de gases de efeito estufa devido ao uso de fontes de energia não renováveis. Um estudo recente, encomendado pelo governo britânico e liderado por Yoshua Bengio, destaca que as tecnologias de inteligência artificial podem agravar o problema do aquecimento global se as fontes de energia utilizadas não forem limpas e sustentáveis.

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Sam Altman, CEO da OpenAI, enfatizou a necessidade de avanços na produção de energia renovável para suprir as demandas geradas pela IA. Este é um ponto crítico, já que a transição para energia limpa é um processo complexo e demorado, e a escalada no uso da IA pode acelerar a necessidade dessa transição.

O Paradoxo de Jevons na era da IA

O Paradoxo de Jevons, que postula que melhorias na eficiência energética podem levar a um aumento no consumo total de energia, é particularmente relevante no contexto da IA. À medida que os sistemas de IA se tornam mais eficientes e baratos, eles tendem a ser mais utilizados. Dessa forma, tende a anular qualquer ganho de eficiência energética inicialmente alcançado.

Desafios para as Big Techs

A pressão para que as grandes tecnologias reduzam as emissões de carbono está crescendo. A Microsoft, por exemplo, teve um aumento de 29,1% nas emissões no último ano, o que complica as metas de neutralidade de carbono da empresa. O aumento do consumo energético impulsionado pela IA representa um desafio adicional para essas empresas, que precisam equilibrar crescimento e sustentabilidade.

Adriano Correia, sócio da PwC Brasil e líder do setor de energia, comentou sobre a inevitabilidade desse aumento de consumo. “Se queremos maior capacidade de processamento, precisamos estar prontos para um impacto significativo no consumo de energia,” disse ele. De acordo com Correio, o desafio de substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis só se torna maior com o avanço da IA.

Para enfrentar esses desafios, grandes grupos financeiros e empresas de tecnologia têm aumentado investimentos em novos data centers e em tecnologias de energia limpa.

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